terça-feira, 30 de abril de 2013

Assembleia de Pais - 2013


E.E.E.F. Gen. Edson Figueiredo

Assembleia de Pais - 2013


A Família

Em todos os segmentos da sociedade, principalmente entre os educadores, há uma enorme preocupação com a instituição família. Qualquer projeto educacional sério depende totalmente da participação familiar.
Em vários momentos de nossa atuação como Instituição Escolar, dependemos da participação efetiva da família.
Por melhor que seja uma Escola, por mais bem preparados que estejam seus professores, nunca vai suprir a carência deixada por uma família ausente.

“Não devemos deixar a humanidade perder o essencial, pois perder o essencial faz um mal enorme à alma humana e a quem quer ser feliz.”

Eis a família participativa e sua difícil tarefa. A convivência diária com o comprometimento dos filhos pode ser desgastante, mas no final é gratificante. A convivência diária para educar um filho tem que ser revestida de criatividade e uma dose elevada de amor.

Como estabelecer regras e limites para os filhos sem
sentir culpa por estar roubando a liberdade deles?

Somente a proibição não educa, a criança precisa ser completada com uma ação que seja boa para todos e não prejudique ninguém. Os filhos assim não são somente tolhidos, mas também educados.
Antigamente, ninguém sequer discutia o assunto. Criança não sabia, e, portanto, precisava aprender, e nós, adultos, tínhamos que ensinar. Por exemplo, havia algo errado, respondia mal à vovó, agredia um coleguinha ou não queria fazer o “dever de casa”, os pais não tinham dúvidas – agiam, corrigiam, “davam castigo” – muitos até batiam.
Com as mudanças ocorridas durante este século, tanto no campo das relações humanas como na Educação, as pessoas foram aprendendo a respeitar as crianças, entendendo que elas têm, sim, querer, gostos, aptidões próprias e até indisposições passageiras – exatamente como nós, adultos.
Parece que muita coisa melhorou. Será? Será que acontece assim de forma tão harmoniosa, com todos? Na verdade, não.

E por quê?

O problema maior que ocorreu e ainda vem ocorrendo é que muitos pais estão tendo sérias dificuldades para colocar em prática essa nova forma de educar, que é de fato muito mais difícil.
Como saber a hora de dizer “sim” e a hora de dizer “não”
Já dizia Aristóteles, um filósofo que viveu muito antes de Cristo: “A justiça está no meio-termo”. No afã de acertar, os pais perderam um pouquinho o rumo, quiseram tanto acertar que por vezes erraram.

Algumas regras básicas são suficientes para colocar a casa em ordem

Ensinar que os direitos são iguais para todos; a criança tem que entender que muitas vezes pode satisfazer seu próprio desejo, mas pensando sempre no direito do outro, especialmente se aprendemos a amar o outro e não apenas a nós mesmos.
Cabe aos pais ensinar o certo e o errado, porque o ser humano ao nascer não tem uma ética definida.
Ensinar que existem outras pessoas no mundo.
Fazer a criança compreender que seus direitos acabam onde começam os direitos dos outros.

Dizer “sim” sempre que possível e “não” sempre que necessário

Só dizer “não” aos filhos quando houver uma razão concreta.
Mostrar que muitas coisas podem ser feitas e outras não podem ser feitas.
Fazer a criança ver o mundo com uma conotação social (conviver) e não apenas psicológica (o meu desejo e o meu prazer são as únicas coisas que contam).
Ensinar a tolerar pequenas frustrações no presente para que, no futuro, os problemas da vida possam ser superados com equilíbrio e maturidade.
Exemplo: a criança espera a sua vez para ser servida à mesa, amanhã saberá esperar a vez na fila do cinema, aguardar dias até que o chefe dê um parecer sobre sua promoção...

Ter a capacidade de adiar satisfação

Se não conseguir um emprego hoje, continuará a lutar sem desistir – caso não tenha desenvolvido essa habilidade, agirá de forma insensata e desequilibrada, partindo para a marginalidade, alcoolismo e depressão.
Evitar que seu filho cresça achando que todos no mundo têm de satisfazer seus mínimos desejos, e, se tal não ocorrer (o que é mais provável), não conseguirá lidar com a menor contrariedade, tornando-se frustrado e desequilibrado emocionalmente.
Saber discernir entre o que é uma necessidade dos filhos e o que é apenas desejo.
Compreender que direito à privacidade não significa falta de cuidado, descaso, falta de acompanhamento e supervisão às atividades e atitudes dos filhos dentro e fora da casa.
Ensinar que cada direito corresponde a um dever.
Dar o exemplo (quem quer ter filhos que respeitem a lei e os homens tem de viver seu dia-a-dia dentro desses mesmos princípios.

Dar limites não é...

Bater nos filhos para que eles se comportem (quando se fala em limites, muitas pessoas pensam que significa aprovação para dar palmadinhas, bater e até espancar).
Fazer só o que vocês, pai e mãe, querem ou estão com vontade de fazer.
Ser autoritário (dar ordens sem explicar o porquê, agir de acordo com seu próprio interesse.
Deixar de explicar o “porquê” das coisas, apenas impondo a “lei do mais forte”.
Gritar com a criança para ser atendido.
Deixar de atender às necessidades reais (fome, sede, segurança, afeto, interesse) dos filhos porque hoje você está cansado.
Invadir a privacidade a que todo o ser humano tem direito.
Provocar traumas emocionais (toda a criança tem a capacidade de compreender um “não” sem ficar com problemas, desde que, evidentemente, este “não” tenha razão de ser e não seja acompanhado de agressão física ou moral.

O que provoca traumas e problemas emocionais é...

Em primeiro lugar, a falta de amor e carinho, seguida de injustiça, violência física (bater nos filhos é uma forma comum de violência física, que, em geral, começa com a palmadinha leve no bumbum, humilhações e desrespeito à criança.
Pai autoritário é aquele que exerce o poder utilizando como referencial o seu ponto de vista (que é sempre visto como o único correto).
O pai tem que ter autoridade, por outro lado, ouve e respeita seu filho; mas pode ter que agir de forma mais dura do que gostaria, mas sempre com o objetivo que será o bem-estar do filho, protegê-lo de algum perigo ou orientá-lo em direção à cidadania.

Não bater

Bater nada tem a ver com ensinar a ter limites, na verdade são atitudes até opostas. Quem bate dá uma verdadeira aula de falta de limites próprios e até de covardia.

A Equipe diretiva



“Eu aprendi com a vida que
somente para o verdadeiro amor
não há limites.”

“Viver e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Eu sei que a vida devia
Ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita...”

(Gonzaguinha)

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